A enxaqueca crônica é considerada a cefaleia (dor de cabeça) que ocorre em mais de 15 dias por mês, durante mais de 3 meses, e que em pelo menos 8 dias por mês a dor adquire aspectos migranosos, segundo a Classificação Internacional das Cefaleias.
Em geral se desenvolve em paciente enxaquecosos que com o passar do tempo de doença, sem tratamento adequado, a dor de cabeça vai perdendo seu caráter de ocorrer em crises bem definidas, evoluindo para uma dor crônica. Além disso, passam a apresentar dor a estímulos que não deveriam ser dolorosos, como por exemplo escovar o cabelo; isso chama-se alodinia.
Estudos populacionais mostram uma prevalência anual de 1 a 3% dos casos, mas em clínicas especializadas esta condição pode chegar a 40%.
Os principais fatores de risco para a transformação da enxaqueca em enxaqueca crônica são: Sexo feminino, depressão, estresse e obesidade, e o uso excessivo de medicações analgésicas para as crises de dor.
É uma doença extremamente debilitante, com prejuízo à vida pessoal, profissional, familiar e social dos pacientes.
Apesar de não ter cura, existe tratamento para tal condição, chamado de tratamento profilático ou preventivo, que se caracteriza pelo uso de medicações e prática de hábitos saudáveis que impeçam ou tentem evitar ao máximo o desencadeamento das de crises.
Alguns cuidados e atitudes devem ser tomados antes de se iniciar o tratamento.
A primeira atitude é buscar o diagnóstico correto, por meio de um profissional especializado, que possa diminuir a angústia do paciente quanto ao seu problema e instituir um tratamento multidisciplinar adequado.