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Acidente vascular cerebral

Dr. Marcos M. Lofrano

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O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado pelo aparecimento súbito de sintomas e/ou sinais causados pela perda rápida de função cerebral focal e algumas vezes global.

Pode ser dividido em: Isquêmico - quando decorrente da obstrução (trombo ou êmbolo) ou redução abrupta do fluxo sanguíneo de uma artéria que irriga o cérebro, ou pode ser hemorrágico – quando ocorre ruptura espontânea de vasos sanguíneos cerebrais e” vazamento” de sangue (Hemorragia),para o interior do cérebro e/ou espaço subaracnoide.

AVC é a segunda causa de morte no mundo e a principal causa de incapacidade no adulto.

Em 2030 esperam-se 23 milhões de casos novos de acidente vascular cerebral no mundo.

No Brasil em torno de 40% das mortes são por doença cardiovascular. Os números atingem em torno de 100 mil vítimas por ano. Além das mortes, o acidente vascular cerebral pode levar a sequelas graves que atingem em torno de 50% dos sobreviventes a um AVC.



AVC Isquêmico

É o tipo de AVC mais comum, ocorre em cerca de 80% dos casos, é decorrente da obstrução ou redução do fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do tecido cerebral. 

Pode ser decorrente de:

. Uma obstrução arterial: um trombo ou um êmbolo;
. Queda na pressão de perfusão sanguínea cerebral, como nos estados de choque;
. Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa.

Nos primeiros instantes da redução do fluxo sanguíneo cerebral inicia-se rápida degeneração do tecido cerebral. A área central do acidente vascular morre em pouco tempo, pois está praticamente sem nenhum fluxo de sangue. A área ao seu redor (penumbra) possui  um fluxo de sangue reduzido, que se mantém viável por mais tempo; é uma área parcialmente perfundida, mas ainda viável, que deve-se concentrar os esforços terapêuticos. É por isso também que o tempo do início do ictus até o tratamento clinico é crucial para reduzir sequelas.

Área de Penumbra – no AVC Isquêmico
  

O AIT ou ataque isquêmico transitório pode ser considerado uma isquemia (entupimento) transitório que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequela. É um episódio súbito de déficit neurológico que se reverte em minutos ou em até 24 horas sem deixar sequelas.

OS AVCs isquêmicos podem ser divididos em subtipos: AVCI aterotrombótico ou aterosclerose de grandes artérias; AVCI lacunar ou infarto de pequenas artérias; AVCI associado a embolia cardíaca; AVCI de causas pouco frequentes; AVCI de origem indeterminada ou criptogênico .Tal reconhecimento desses mecanismos é fundamental para o neurologista responsável definir o tratamento específico, e traçar estratégias de prevenção de recorrência de novos eventos vasculares.

AVC hemorrágico

É menos comum e ocorre em cerca de 20% dos casos. Ocorre pela ruptura espontânea de um vaso sanguíneo intracraniano levando a hemorragia cerebral ( hematoma intra parenquimatoso); ou no espaço subaracnóide (hemorragia subaracnóide).

Suas principais causas são: hipertensão arterial, aneurismas cerebrais, angiopatia amiloide, discrasias sanguíneas, uso de anticoagulantes, entre outras.

Sinais e Sintomas do AVC
Início súbito de qualquer dos sintomas abaixo:

SINAIS DE ALERTA

. Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;
. Confusão, alteração da fala ou compreensão;
. Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
. Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou dificuldade para andar;
. Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente;
. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.

Fatores de risco para AVC

Existem diversos fatores considerados de risco para a chance de ter um AVC, podendo ser definidos como modificáveis ( podem ser tratados) e não modificáveis (não podem ser tratados):

1. Modificáveis:

. Obesidade;
. Sedentarismo;
. Uso excessivo de álcool;
. Uso de drogas como cocaína ou metanfetaminas;
. Hipertensão arterial. Este é o principal fator de risco que podemos intervir e de maior impacto para prevenir AVCs. Cada redução em 5mmHg da PA sistólica (número maior do índice de PA) reduz cerca de 25% o risco de ter um AVC; 
. Colesterol alto (níveis superiores a 200mg/dL de colesterol total);
. Diabetes;
. Síndrome da apneia do sono;
. Tabagismo (ativo ou passivo);
. Arritmia cardíaca, em especial a fibrilação atrial.

2. Não Modificáveis: 

. História familiar de AVC, cardiopatia, infarto; ou história de AVC ou AIT prévio;
. Idade: maiores de 55 anos; quanto maior a idade, maior o risco de ter AVC;
. Etnia: algumas raças em especial são mais propensas a ter AVC (orientais, hispânicos, afro-descendentes, raça negra); em brancos, maior risco de obstruções das carótidas por placas de gordura;
. Sexo: os homens tem risco maior do que mulheres; entretanto, mulheres mais velhas podem ter maiores complicações decorrentes de AVC e procedimentos de stents nas carótidas;
. Doença arterial periférica, doença aterosclerótica das artérias carótidas, gravidez e puerpério.

Exames e Diagnóstico

O Acidente Vascular Cerebral deve ser considerado uma emergência médica.

Portanto quando suspeitado deve ser prontamente encaminhado ao serviço de urgência de uma unidade hospitalar, para ser examinado por um plantonista e realizar exames propedêuticos diagnósticos e em seguida iniciar tratamento específico.

. Exames laboratoriais de rotina: bioquímica, Rx tórax, ECG, ecocardiograma.
. Doppler de artérias carótidas e vertebrais

Exame de ultrassom que destina-se ao estudo do estado da parede arterial (pesquisa de estenoses por placas de aterosclerose) mas também avaliação do fluxo de sangue nas artérias carótidas e vertebrais.

    


Doppler Transcraneano

É um exame ultrassonografia não invasivo que avalia as velocidades de fluxo do sangue, nas principais artérias do cérebro. As artérias examinadas são: artérias cerebrais médias artérias cerebrais anteriores e posteriores artérias carótidas internas intracranianas artérias vertebrais , basilar e oftálmicas. Utilizado para ajudar na pesquisa e investigação de doenças vasculares cerebrais, como AVCI, hemorragias intracranianas devido a rotura de aneurismas cerebrais, diagnóstico de morte cerebral , entre outras indicações.


    


Tomografia de crânio

A tomografia computadorizada é um exame complementar de diagnóstico por imagem.

É obtida através do processamento por computador de informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X. Importante para o diagnóstico de AVC e outras patologias neurológicas na urgência, auxiliando no diagnóstico diferencial. A TC permanece como exame inicial para a isquemia hiperaguda, pois diagnostica ou exclui a possibilidade de hemorragia intra-parenquimatosa. Também possibilita avaliar outros diagnósticos diferenciais como tumor, malformação vascular, hematoma subdural e outros.


Avc Isquêmico
AVC Hemorrágico



Ressonância Magnética

O exame de Ressonância Magnética (RM) é um grande avanço na história do diagnóstico por imagem na medicina. Sua imagem é obtida através da interação de ondas de rádio e campos magnéticos com os núcleos de hidrogênio. Este método oferece melhor representação dos tecidos moles nos planos anatômicos (sagital, coronal e axial), indicado para avaliação de doenças cerebrovasculares.


Ressonância Magnética
Angio RNM vasos cerebrais


Arteriografia cerebral

A angiografia cerebral é um exame minimamente invasivo, realizado através de uma punção arterial na virilha ou cotovelo. É utilizado para a detecção de anomalias dos vasos sanguíneos cerebrais tipo: uma dilatação arterial (aneurisma), uma inflamação (arterite), uma malformação arteriovenosa ou uma obstrução vascular (AVC).


Arteriografia cerebral
Aneurisma de topo de basilar Pós embolização



Outros Exames: como Holter cardíaco, exames laboratoriais e hematológicos, liquor cefalorraquidiano que podem ser incluídos dependendo de situações específicas para esclarecimento diagnóstico e etiológico. 

Tratamento

Fase Aguda: Nos últimos anos as técnicas diagnósticas evoluíram e surgiram novas terapias eficazes na fase aguda do AVC isquêmico capazes de dissolver o coágulo, como os trombolíticos, e restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro. Alguns tratamentos funcionam melhor se administrados até 4 horas e meia após o início dos sintomas.

O tratamento da hemorragia cerebral também é mais eficiente quando o paciente tem atendimento nas primeiras horas.

O manejo adequado dos parâmetros clínicos do paciente em ambiente especializado reduz o tempo de hospitalização, morbidade e complicações após um evento.

Fase Crônica: Prevenção Secundária e Reabilitação.

Nessa fase o foco do tratamento é o controle de fatores de risco modificáveis, além do uso de medicamentos antitrombóticos ou anticoagulantes de acordo com a etiologia do AVC isquêmico.

Um programa de Reabilitação deve ser instituído o mais rápido possível, mesmo durante a internação;incluindo Fisioterapia motora, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicoterapia.

Outro ponto importante é o tratamento da Espasticidade – que é caracterizada pela rigidez dos músculos afetados pela lesão cerebral. Atualmente tal espasticidade é tratada com medicamentos orais e com aplicações de toxina botulínica feita pelo médico especialista, e com acompanhamento fisioterápico.

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