Potencial Evocado
Os Potenciais Evocados são a resposta eletrofisiológica do sistema nervoso a um estímulo externo capaz de ativar vias específicas aferentes. Os potenciais podem ser endógenos ou exógenos segundo a origem do estímulo. Existem três diferentes tipos de potenciais evocados exógenos: Visuais, auditivos e somatosensoriais.
Os Potenciais Evocados Visuais (PEV) avaliam a via visual colocando-se eletrodos na região posterior do couro cabeludo e estimulando a visão de cada olho separadamente através de uma tela quadriculada que passa em um monitor de computador ou mediante luz.
As principais indicações são lesões da via óptica inflamatórias, desmielinizantes como neurite óptica, esclerose múltipla, e também lesões vasculares compressivas entre outras causas.
Os Potenciais Evocados Auditivos (PEATC) avaliam a via auditiva e tronco encefálico colocando-se eletrodos na região lateral do couro cabeludo e estimulando a audição de cada ouvido separadamente através de um fone que emite um click sonoro. Estes potenciais têm grande interesse na clínica por permitir correlações entre alterações e sítio de lesão, sendo resistentes a sedativos e por serem realizados sem cooperação importante como nos casos das crianças.
As indicações são lesões da via auditiva periféricas, desmielinizantes, diagnóstico do coma, audiometria objetiva, monitorização intraoperatória e entre outros.
Os Potenciais Evocados Somatosensoriais (PESS) avaliam a via somatosensitiva colocando-se eletrodos na região súpero-lateral do couro cabeludo e estimulando as fibras sensoriais somáticas dos nervos mediano e tibial de cada lado separadamente através de choques elétricos de baixa intensidade. São indicados para lesões focais que afetam a via somatosensitiva, doenças desmielinizantes, doenças que afetam o sistema nervoso de forma difusa, avaliação da excitabilidade cortical e monitorização intraoperatória.