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Eletroencefalograma - EEG

Todo neurônio têm a habilidade de se comunicar de forma rápida e precisa. Esta integração neuronal ocorre por meio de mecanismos elétricos e químicos. As sinapses elétricas podem produzir uma despolarização, através de um fluxo de corrente através da membrana pré-sináptica e de canais que conectam as células pré e pós-sinápticas. O eletroencefalograma consiste basicamente no registro da atividade elétrica cerebral.

O registro eletroencefalográfico é feito com a captação da atividade elétrica por vários eletrodos, que é então transmitida para amplificadores do aparelho de EEG, que aumentam a atividade registrada, assim como excluem potenciais semelhantes presentes nos eletrodos pela rejeição do modo comum.
 O mecanismo de condução da eletricidade do escalpo para o eletrodo consiste  na condução da corrente pelo íons presentes no gel ou pasta condutora. Na junção entre o eletrodo e o escalpo ocorre um fenômeno eletroquímico em que o fluxo de íons é convertido em fluxo de elétrons. Essa conversão produz a corrente elétrica que será transmitida para os amplificadores do aparelho de EEG.

A colocação dos eletrodos deve ser feita de modo cuidadoso, por um profissional técnico habilitado, segundo o sistema internacional 10-20, que se baseia em pontos anatômicos específicos, que servem de referência para a colocação de modo proporcional e anatômico. A colocação de 21 eletrodos tem como objetivo cobrir todas as áreas do escalpo: frontopolar, frontal, parietal, temporal, central e occipital. O número de eletrodos pode ser aumentado caso haja necessidade, intercalando novos eletrodos entre os pontos utilizados na rotina. A montagem correta e cuidadosa são fundamentais para a aquisição de um exame com qualidade técnica adequada. A presença de artefatos tanto fisiológicos como não-fisiológicos pode prejudicar a correta avaliação do traçado pelo médico.
Alguns mecanismos de ativação podem ser usados com o objetivo de aumentar a ocorrência de anormalidades durante o EEG de rotina : a Hiperventilação, a Fotoestimulacão intermitente, a Estimulação auditiva, a Estimulação sensitiva.

A interpretação do exame deve sempre ser realizada em coerência com os achados clínicos e da história do paciente. A idade é outro fator determinante, pois a maturação eletroencefalográfica ocorre de forma continua e marcos importantes são estabelecidos em cada idade, sobretudo nas crianças.

Indicação:

O EEG é útil na avaliação de distúrbios que acometem o sistema nervoso central, sobretudo distúrbios paroxísticos, intermitentes, como condições que comprometem de modo parcial ou completa o estado de consciência.

Assim o EEG pode contribuir significativamente na avaliação de pacientes com fenômenos paroxísticos epilépticos ou não, encefalopatias tóxicas, metabólicas, infecciosas e algumas condições degenerativas.

Nas epilepsias, o EEG ambulatorial interictal tem a função de confirmar o diagnóstico clinico quando anormal, ajudar na classificação das crises e das síndromes epilépticas, fornecer elementos prognósticos e monitorizar o distúrbio epileptogênico. Classicamente é uma ferramenta fundamental no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com epilepsia.

O laudo do exame contém não apenas os achados eletroencefalográficos, mas também uma conclusão que resume de forma objetiva os achados, assim como confirma a hipótese do médico que solicitou o exame, reforçando a interpretação dos achados dentro de um quadro clínico específico. Convém destacar que , em algumas situações um EEG alterado não significa necessariamente anormalidade cerebral ou epilepsia, assim como um EEG normal não afasta a presença de patologia cerebral.

Orientações básicas para os pacientes que irão realizar o exame:

- Comparecer ao local do exame com 30 minutos de antecedência;
- Lavar os cabelos com sabonete ou sabão de coco no dia anterior ao exame e comparecer ao exame com os cabelos secos e limpos (sem gel, creme / condicionador).
- Não utilizar gel, creme, pomada, ou qualquer produto no cabelo,
- Alimentar-se normalmente.
- Manter o uso das medicações já utilizadas habitualmente.

Obs: Fazer privação de sono, isto é, na noite anterior ao exame, dormir apenas por 4 horas (checar com o seu médico).